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Aumento da incidência de resistência à insulina vs sistema imunológico

Tenho visto um aumento grande na incidência de resistência à insulina entre meus pacientes; pacientes que, em 2019, apresentavam exames de sangue com parâmetros de insulina, glicose e triglicérides dentro de parâmetros ótimos. Hoje, podemos dizer que estamos vivendo uma 2a pandemia, a da resistência a insulina.


Vivemos hoje, com a Covid-19, uma fase extremamente desafiadora, na qual precisamos lidar com nossa ansiedade e medo, se isolar, trabalhar de casa, além de cuidar da casa e da alimentação da família. Muitas vezes, esse acúmulo de responsabilidades somado aos intensos sentimentos negativos relacionados à doença leva a querermos conforto através da comida.


Sabemos que o açúcar, o carboidrato de alto índice glicêmico e a gordura, estão relacionados ao sistema de recompensa; isto é, liberam dopamina e nos trazem conforto. O mesmo acontece com a bebida alcoólica - que também tenho percebido um aumento enorme da ingestão.


Apesar de parecer agradável, esses alimentos são muito ruins para a nossa saúde! O nosso sistema imunológico precisa de um ótimo estado nutricional para funcionar de forma correta e produzir células de defesa de forma correta.


Em um estudo de revisão, publicado em abril de 2020, estabeleceu-se o papel da nutrição no suporte ao sistema imunológico e a importância de algumas vitaminas e minerais - como vitaminas B3, B12, A, D, E K, folato, zinco, selênio, magnésio, ferro, cobre e Omega 3 - para seu bom funcionamento. E a ingestão inadequada desses nutrientes levam, portanto, a uma redução na resistência a infecções, entre elas as do trato respiratório como a COVID 19.


Deficiências nutricionais e/ou valores baixos dessas vitaminas e minerais afetam de forma negativa o funcionamento do sistema imunológico, pois dão suporte ao desenvolvimento e manutenção de barreiras físicas, à produção e atividade de proteínas, ao crescimento e diferenciação de células inatas, à atividade de neutrófilos e macrófagos, à produção e recuperação de inflamação, com a produção de citocinas, e à atividade antioxidante.


Além disso, precisamos lembrar que o intestino é a sede do sistema imunológico. Sabemos e já escrevi aqui no blog sobre isso: açúcar, carboidratos de alto índice glicêmico e gorduras ruins estão relacionados a disbiosi (desequilíbrio da flora bacteriana intestinal)!


De maneira resumida, o que precisamos guardar: o nosso sistema imunológico precisa ser capaz de inflamar de forma correta com a produção de radicais livres e precisa ser capaz de lidar e combater essa inflamação! Para isso, ele depende de um bom estado nutricional com parâmetros ótimos de, por exemplo, vitaminas A, E, C, D, E, zinco, magnésio, selênio, erro e Omega 3.


É claro que essas vitaminas e minerais deveriam estar sempre presentes de forma adequada na alimentação, mas reforço isso agora porque sei que, nessa fase de pandemia, é ainda mais desafiador.


Por isso, ter uma suplementação feita de forma individualizada e de acordo com as necessidades individuais de vitaminas e minerais é bem importante neste momento.


O que podemos fazer então?


- Procure ter "comida de verdade" em casa, reduzir o açúcar, os carboidratos de alto índice glicêmico e a bebida alcoólica. Quando comemos bem. vemos muitos vegetais no prato, colocamos menos carboidratos e mais proteínas de boa qualidade.


- Faça atividade física, pois, durante o exercício físico, produzimos Irisina - responsável em transformar a gordura branca (inflamada) em gordura boa (marrom), melhorando a vasodilatação, a resistência a insulina, o processo inflamatório e a condição cardiovascular!


- Não deixe de fazer exames de sangue regularmente e procure profissionais, nutricionistas e médicos que saibam fazer esse cuidado de forma correta!

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