Como o sistema digestório de uma gestante interfere na saúde do bebê?
O corpo humano é formado por diversos sistemas que trabalham em conjunto para garantir o funcionamento adequado do corpo. Para ser mais preciso, existem cerca de 12 sistemas principais, dentre eles, o digestório. Certamente, quando falamos dele, logo lembramos do trânsito alimentar, porém ele possui outras funções.
O microbioma é um coletivo de genomas de micro-organismos composto por quase 100 trilhões de bactérias de diversas espécies; assim, elas formam o intestino e criam a microbiota intestinal. Para se ter uma ideia da importância do sistema digestório, cerca de 70% a 80% das células do sistema imune estão concentradas nele; 100 milhões de neurônios estão conectados ao intestino; e 95% da serotonina total do corpo é produzida nele. Indo além, os nossos comportamentos, mudanças de humor e saciedade estão relacionados a esse sistema - curioso, né?
Percebendo toda a atividade exercida pela microbiota, é válido ressaltar que, quando esta é afetada, consequências nada positivas podem surgir. No caso das gestantes, é preciso um cuidado ainda maior, já que o bebê pode sofrer desordens decorrentes do desequilíbrio da microbiota da mãe. A ciência vem destacando a relação entre o microbioma humano com algumas doenças, que variam desde cólicas em recém-nascidos a infecções mais graves. Dentre as enfermidades verificadas, encontram-se alergias, asma, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.
A situação torna-se ainda mais preocupante quando percebemos que, desde o início da gestação, a grávida transfere ao bebê a sua microbiota, ou seja, se ela não estiver saudável, o lactente pode ser afetado. A microbiota intestinal de uma criança só é formada a partir dos 3 anos de idad; até lá, fatores como alimentação e ambiente em que ela está exposta podem resultar em doenças e complicações.
Desse modo, é necessário considerarmos alguns sinais que nos mostram que a microbiota intestinal não está bem. São eles:
Constipação;
Flatulência;
Diarreia;
Abdômen distendido.
No que diz respeito às gestantes, é essencial levar esses fatores como anormais e avaliar o quadro com um profissional.
Não só na gestação, mas principalmente nela, precisamos ter em mente que hábitos alimentares saudáveis são os principais meios para regular e fazer com que o sistema digestório funcione adequadamente. É válido lembrar que o sistema imune também está atrelado ao microbioma, ou seja, se ele estiver comprometido, é mais provável que doenças indesejadas surjam.
Importante: desde a descoberta da gestação, é primordial que a gestante tenha acompanhamento de um especialista. Além disso, a mudança na alimentação se faz necessária para garantir a saúde e bem-estar da criança.
Fontes:
https://www.instagram.com/p/Clo_Oiup8XY/?igshid=YmMyMTA2M2Y%3D
https://www.nestlebabyandme.com.br/artigos/microbiota-intestinal-saude-bebe