Doença inflamatória intestinal e como evitá-la
O que é?
Doenças inflamatórias intestinais (DIIs) são doenças crônicas, ou seja, que não tem cura. Elas são caracterizadas pela inflamação dos intestinos em intensidades variadas e 5 milhões de pessoas no mundo são afetadas pelas DIIs, em que a maioria é composta por indivíduos adultos (entre 30 a 40 anos).
Principais sintomas:
Dores abdominais, diarreia, constipação, febre, perda de apetite e de peso, dores de cabeça, náuseas, anemia e úlceras na boca são alguns dos principais sintomas de uma DII.
Principais formatos:
1. Doença de Crohn:
A Doença de Crohn, por ser um DII, é caracterizada por uma inflamação intestinal crônica, que atua, principalmente, na parte inferior do intestino delgado (íleo terminal) e na parte central do intestino grosso (cólon). Os principais fatores que levam a esta doença são a desregulação do sistema imunológico, a predisposição genética, os maus hábitos alimentares, outras infecções e desequilíbrio da microbiota intestinal (flora intestinal).
Identificar alguém que sofra com a Doença de Crohn não é uma tarefa fácil, mas alguns sintomas, como fraqueza, perda de peso, febre, dor abdominal e diarreia, podem ajudar no diagnóstico. Nos estágios mais avançados da enfermidade, o paciente pode apresentar olhos inflamados, lesões na pele, dores articulares, aftas e pedras nos rins. É válido ressaltar que é muito importante detectar a DII o mais cedo possível, pois assim há menos chance de desenvolver câncer no intestino.
Entretanto, ainda não há análises exclusivas para identificação da Doença de Crohn, por isso, é indispensável que um médico especialista avalie o histórico do sujeito e solicite alguns exames, como de sangue, endoscopia digestiva, colonoscopia, tomografias e raio-X do intestino.
Na parte inicial, o tratamento é feito através de medicamentos, em vista da recuperação do intestino e melhora dos sintomas. Mas caso os remédios não tragam resultados e/ou haja complicações, as cirurgias serão necessárias. Além disso, é muito importante que o paciente seja acompanhado de uma psicóloga ou psiquiatra.
A melhor saída é a prevenção da doença e ela pode ser feita a partir da prática regular de exercícios físicos, de uma dieta nutritiva e com o controle de alimentos industrializados, e da suspensão do hábito de fumar.
2. Retocolite Ulcerativa:
A retocolite ulcerativa é descrita pelas eventuais inflamações na mucosa do intestino. Ela se manifesta através da constante presença de diarreias com sangue (3 a 4 semanas), muco nas fezes, febre, anemia, perda de peso e cólicas. Em alguns casos mais raros, sintomas como manchas avermelhadas no corpo, aftas e dores nas articulações podem aparecer.
O diagnóstico é bem parecido com o da Doença de Crohn. Logo, avaliação histórica clínica do paciente, exames laboratoriais, endoscopia e colonoscopia devem ser realizados. Dessa maneira, o tratamento também é semelhante, ou seja, inicialmente, o médico especialista prescreve alguns medicamentos para a redução da inflamação intestinal e, caso o indivíduo não apresente melhoras, é indispensável recorrer a cirurgia. Além disso, as sessões de terapia ou a avaliação de um psiquiatra também são significativas no processo de tratamento.
Para além dos medicamentos, é fundamental que o paciente se conscientize e tome algumas medidas de prevenção, como melhorar seus hábitos alimentares e praticar atividades físicas.