Glifosato e reprodução humana: como esse herbicida afeta a fertilidade
Não é de hoje que os agrotóxicos são populares. Na verdade, o “boom” dos agentes químicos destinados ao setor agrícola foi durante a Revolução Verde. Nesse período, não só esses produtos, como também os maquinários, se tornaram ferramentas no âmbito rural. De antemão, eles surgiram com uma proposta positiva: eliminar pragas prejudiciais ao plantio e evitar a perda do cultivo. Por outro lado, ainda que sejam favoráveis ao campo, eles nos causam sérios riscos, uma vez que grande parte dos alimentos que consumimos está contaminada por essas substâncias.
Em resumo, o glifosato é o tipo de agrotóxico mais comercializado no Brasil e no mundo. Sendo banido em países como Alemanha e Áustria, ele é associado a doenças como câncer, Alzheimer, obesidade, complicações respiratórias, problemas reprodutivos, infertilidade, entre outras. Conforme algumas análises científicas, durante o período gestacional, ele pode causar morte fetal e aborto espontâneo. Além disso, quando se trata da reprodução humana, os altos níveis deste elemento podem levar à toxicidade reprodutiva.
Percebendo os efeitos negativos deste herbicida, diversos estudos identificaram uma diminuição progressiva da função reprodutiva masculina. A presença dessa substância no corpo foi associada a diversos sintomas no sistema reprodutivo de homens e roedores. Desse modo, análises comprovaram que estes podem sofrer com redução na produção de espermatozoides, alteração na morfologia espermática, elevação da taxa de aberração espermática, entre outros.
A partir disso, alguns achados científicos também investigaram a toxicidade de glifosato no sistema reprodutivo de fêmeas. Diferente do grupo masculino, os resultados foram mais escassos e pouco aprofundados, mas foram encontradas mudanças nos hormônios de reprodução e no processo de ovogênese. Entretanto, é preciso que haja mais pesquisas e experimentos a fim de esclarecer a ação deste agente sobre a fertilidade humana.
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