Ômega 3 e saúde muscular
Saúde muscular
Uma das alterações mais evidentes no envelhecimento é a mudança nas dimensões corporais, provocada especialmente pela diminuição de massa magra, aumento de gordura corporal e diminuição de densidade óssea.
A partir da meia-idade, a massa muscular começa a diminuir a uma taxa de 0,5–1,0% ao ano pelo aumento da infiltração com tecido adiposo e conjuntivo, que afeta negativamente a força e potência musculares, totalizando uma perda anual de, aproximadamente, 2–3,0% da função muscular!
Sabendo que os declínios na massa e função muscular associados à idade são os principais fatores de risco para quedas em idosos e para a redução da capacidade de realizar atividades diárias, podemos evidenciar a importância de discutirmos estratégias seguras e capazes de ajudar na manutenção da saúde muscular.
Ômega 3
O ômega 3 é bastante recomendado e prescrito para a saúde cardiovascular e neurológica, no entanto, estudos recentes apontam que a sua ingestão diária ajuda a preservar e promover a musculatura!
Um pequeno estudo randomizado, publicado em Sports, concluiu que níveis mais elevados de ácidos graxos ômega 3 plasmáticos estão positivamente relacionados com a função muscular e articular após exercício de contração excêntrica em jovens do sexo masculino. O estudo também encontrou que níveis mais elevados de EPA (eicosapentaenoico) e DHA (docosahexaenoico) são importantes para reduzir o dano muscular.
Outros estudos apontam que isso acontece porque muitos dos efeitos dos ácidos graxos ômega 3 são semelhantes aos efeitos do exercício. Por exemplo, ambos aumentam a taxa metabólica basal, sensibilidade à insulina, produção de óxido nítrico, deformabilidade eritrocitária, variabilidade da frequência cardíaca e densidade óssea e diminuem o risco de síndrome metabólica, fraturas ósseas, agregação plaquetária e depressão.
Além disso, tanto o ômega 3 quanto o ômega 6 produzem os hormônios eicosanoides, que podem ter propriedades inflamatórias e anti-inflamatórias. A atividade inflamatória é aumentada ao passo que os níveis de ômega 6 ficam muito acima do ômega 3, como é comum na dieta da maioria das pessoas. Isso ocorre porque ambos competem pelo uso da mesma enzima delta-6 dessaturase.
Atividades físicas
O desempenho físico, a capacidade de resistência e a resistência à fadiga dependem de fatores distintos. A capacidade de transporte de oxigênio no sangue eh fundamental e, conforme estudos, este fator também pode ser apoiado pelo ômega 3, visto que ele melhora a deformabilidade eritrocitária (termo utilizado para caracterizar a propriedade de adaptação dos glóbulos vermelhos ao fluxo durante os 120 dias que permanece na circulação). Ademais, uma vez nas membranas celulares, o ômega 3 ajuda no desempenho físico através do fluxo sanguíneo por meio da sua ação na vasculatura.
Durante a influência do exercício físico, o sistema eritrocitário sofre um enrijecimento, atribuído à consequente produção extra de radicais livres, que danifica as membranas das hemácias. Assim, a redução da oxidação lipídica e o aumento do fornecimento de oxigênio e nutrientes para os músculos a partir da melhora da deformabilidade eritrocitária pelo ômega 3 podem ajudar no desempenho muscular!!
De maneira geral, a inclusão deSte ácido graxo na combinação exercício + proteína precisa de mais pesquisas, mas tudo indica que é um potencializador promissor! Por isso, acredito ser muito importante discutirmos a ingestão saudável deste ácido graxo. Lembre-se sempre de conversar com um profissional de confiança para recomendações adequadas para você!
Fontes:
https://blog.integralmedica.com.br/omega-3-mais-musculos-e-menos-gorduras/