Síndrome do Intestino Irritável
Muitas pessoas possuem a Síndrome do Intestino Irritável e não sabem disso! Elas apresentam alguns sintomas e acabam vivendo por anos assim... sem saber que é possível prevenir e minimizar a doença através de mudanças na dieta e no estilo de vida.
Esta síndrome consiste em um distúrbio na motilidade intestinal não associado a alterações estruturais ou bioquímicas e que se caracteriza por episódios de desconforto abdominal, dor, diarreia e prisão de ventre (constipação) presentes pelo menos durante 12 semanas (consecutivas ou não).
Ela pode ser caracterizada, ainda, por mais sintomas, como:
Dor abdominal relacionada ou aliviada pela evacuação;
Casos repetitivos de prisão de ventre ou diarreia;
Sensação de inchaço abdominal;
Sensação de esvaziamento incompleto após a evacuação;
Dor contínua e forte ou cólicas na região inferior do abdômen;
Flatulência exagerada;
Fadiga;
Depressão e/ou ansiedade.
Pensando que estes sintomas também são frequentes em outras doenças, é fundamental ressaltar a importância de o diagnostico ser feito por um médico experiente, que saberá analisar a combinação de sintomas e também realizar exames, como de sangue ou fezes, que possam indicar ou descartar a presença de outras doenças.
Entre os principais causadores dos sintomas da Síndrome do Intestino Irritável estão:
Movimentos anormais do intestino (em jejum ou após a ingestão de alguns alimentos);
Hipersensibilidade dos receptores nervosos da parede intestinal;
Níveis muito elevados de neurotransmissores no sangue e no intestino grosso;
Infecções e processos inflamatórios;
Estresse, depressão e ansiedade.
Com relação ao tratamento, normalmente, é prescrita para os pacientes uma série de medicamentos ligados aos sintomas da síndrome, como analgésicos, antiespasmódicos, anti-inflamatórios, derivados da morfina (para casos mais severos) e remédios relacionados à gestão de diarréia ou prisão de ventre. Apesar de eficientes no alívio dos sintomas, esses remédios não atingem efetivamente as causas da síndrome do intestino irritável...
Alguns estudos indicam que o fortalecimento da microbiota intestinal é uma opção mais adequada, visto que apresenta um potencial para melhorar a gestão do estresse crônico e de outros fatores causadores da síndrome e de outras doenças. A microbiota consiste em uma colônia de fungos e bactérias benignas que vive em nosso intestino e que tem ligação com a absorção dos nutrientes dos alimentos, a produção de neurônios e hormônios, o sistema imunológico e o controle da obesidade e da inflamação crônica.
Assim como influencia a saúde do corpo como um todo, a microbiota intestinal depende de um organismo saudável para manter seu equilíbrio. Por isso, indica-se a adoção de uma dieta saudável, o controle do estresse e a redução do uso de remédios para fortalecer sua microbiota!!
Mudanças no estilo de vida e na dieta
Levando em consideração que a microbiota intestinal é altamente afetada por quadros de estresse continuado, a adoção de hábitos saudáveis, que auxiliam na gestão do estresse, é essencial para quem deseja fortalecer sua microbiota.
Um dos hábitos que mais se destaca neste cenário é a prática de atividades físicas:
Pesquisas mostram que a prática regular de atividade física pode minimizar a depressão e problemas emocionais;
A contração rítmica da musculatura, que é gerada em qualquer tipo de exercício, aumenta os níveis de serotonina, um neurotransmissor ligado ao humor;
A atividade física ajuda a adormecer mais rapidamente, ter um sono profundo mais prolongado e de melhor qualidade e despertar menos durante a noite.
Além disso, o funcionamento do sistema digestivo é favorecido pela aceleração do metabolismo causada pela atividade física, tornando o esvaziamento gástrico mais eficiente. Ocorre também a liberação de hormônios que estimulam os movimentos intestinais, acelerando o processo de condução do bolo alimentar pelo intestino e posterior evacuação.
E, com relação à dieta, as mudanças ocorrem basicamente em duas direções:
1. Recomenda-se interromper ou reduzir ao mínimo a ingestão de:
Alimentos que contenham substâncias potencialmente tóxicas, como as variantes artificiais de corantes, conservantes e adoçantes;
Álcool e outras drogas que possam sobrecarregar órgãos como o fígado e o organismo como um todo;
Alimentos com excesso de gordura, como leite integral ou alguns cortes de carne, apontados como potenciais redutores da diversidade de bactérias da microbiota;
Alimentos cultivados com uso intensivo de agrotóxicos;
Alimentos fritos.
2. Por outro lado, é preciso aumentar a ingestão de:
Frutas, verduras, castanhas, legumes e grãos integrais, todos ricos em fibras benéficas para o intestino;
Alimentos frescos ou levemente cozidos.
Agende uma consulta com um médico de confiança para tirar quaisquer duvidas e receber mais orientações! :)
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