Trekking no Peru - parte 2
Hoje vou contar um pouco sobre o roteiro da minha extensa viagem até o Cume do Pisco, no Peru!
Primeiro, um avião padrão de São Paulo (GRU) até Lima. De lá, fui para Huaraz, uma cidade que fica ao pé das montanhas, a 3.052m de altitude. Esse tempinho em Huaraz é importante para dar início ao processo de aclimatação, com muita água para manter o corpo sempre hidratado (de 3 a 4 litros por dia). Além disso, também dei início à alimentação carbo load – rica em carboidratos.

De Huaraz, segui para o Parque Nacional Huascarán – com altitude de 4.200m, para começar o Trekking.

Para o processo de aclimatação, é fundamental dormir pelo menos 3 noites em cada nova altitude. Durante o dia, fazia um trekking para uma altitude maior e voltava para dormir na altitude anterior.
Durante os trekkings, sempre muito líquido, carboidrato diluído em água (o que ajuda no sabor) e, na volta para o acampamento, Whey Protein isolado/hidrolisado, que é de fácil digestão.
Passei 3 noites no primeiro campo, o Yuracorral, a 4.200m. Depois, continuei para o Campo Base do Pisco, o qual fica a 4.765m. E novamente, dormi 3 noites no local, fazendo trekkings ao longo do dia.


Segui para o Campo Morena, a 5.100m, o último campo antes de prosseguir para o Cume do Pisco.
Com 5.100m do chão, a náusea e a inapetência realmente apareceram; aí sim o consumo dos suplementos e da comida liofilizada ajudam muito.

Deixei o campo em uma quarta-feira às 23h rumo ao cume. Atravessei o Campo Morena e cheguei finalmente no pé da montanha: congelante!
É uma sensação indescritível... um misto de ansiedade, curiosidade e respeito pela montanha que vem à tona ao colocar os equipamentos, crampon na bota, cadeirinha e corda para escalada.
Foi uma caminhada dura; peguei neve forte no meio do caminho, mas consegui chegar ao Cume do Pisco às 5:30 da manhã da quinta-feira.
O crucial na verdade não é realmente “fazer o cume”, e sim o percurso todo até chegar nele. Foram 10 longos dias de montanhas com muitos desafios, ensinamentos e, claro, muita meditação.

Torna-se indispensável a união de todo conhecimento de nutrição e da suplementação ao processo de treinamento, fundamentando o auxílio na aclimatação.